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quinta-feira, 18 de abril de 2013

CAPÍTULO 04




Músicas que embalam o capítulo:


OOPS!:  


PARADISE CIRCUS:  


HOLIDAY:  


Sunny - Jennyfer Hunter

Ela veio pra cima de mim... com coragem, sem parecer querer mostrar qualquer prudência naquele ato. Eu queria... eu precisava... e tive essa certeza quando ela encostou aqueles lábios nos meus... Tudo o que eu queria naquele momento era senti-la e permanecer assim... tocando suavemente sua pele, sentindo seu gosto... tímido, mas urgente, como se quisesse se transportar para outra realidade onde só eu e ela estivéssemos... Camila ditou o ritmo... explorou... pediu... e eu correspondi a todas as suas exigências. Aqueles lábios macios e sedentos despertavam em mim um desejo nunca antes sentido por qualquer pessoa... Arrepio na pele, descontrole sensorial... e em seus beijos fui me envolvendo... queria mais...muito mais... puxei ela pra mim... acariciei sua nuca... queria boca, língua e pele... colei no seu corpo...nossos seios se encostaram e sentimos um tremor conjunto e idêntico, capaz de mostrar, de clarificar o que realmente desejávamos... e de repente ela parou... seus braços deixaram de me envolver... o toque se desfez... abri os olhos buscando respostas nos dela... mistura de desejo e desespero... sem deixar de fitar os meus ela deu um passo pra trás... dois... três... virou-se e saiu correndo em direção ao mar, deixando à mostra só sombra, dúvidas e incertezas.

Ainda inerte e vendo sua sombra aumentar, queria quase que num ato súbito, ir atrás dela, ir até ela, falar com ela... beijá-la novamente. Mas seria imprudente, eu sei. Como também sei que poderia não ser correspondida. Eu precisava muito olhá-la para ter a certeza de que o que acabara de acontecer não tinha sido um equívoco de sua parte.
Sabia que para ela seria difícil aceitar o que tinha acabado de acontecer. Mas eu... Ah... aquele beijo! Tinha sido simplesmente tudo. Levei a mão à boca como quem tenta com isso reproduzir o recente e suave contato dos lábios. Sorri ao lembrar do toque dela, do explorar tímido, curioso e depois urgente de sua língua dentro da minha boca. E queria muito mais, precisava de mais... mas eu não podia ir até ela... não podia... talvez devesse, mas quis crer que era melhor esperar... esperava que ela fosse se recuperar depois de conversar com a Flávia, e que voltaria até mim para conversarmos. Mas...
Ela ainda estava lá... Era possível ver seu pânico, seu desespero por meio de seus movimentos ao lado de Flávia. O que eu podia fazer naquele momento?
Nada... A não ser responder à Ive, que me cutucava insistentemente na curiosidade de saber o que eu estava sentindo.
- Sunny?! Tá tudo bem?
Eu ainda sem desviar minha atenção de Camila ensaiei um tímido e fraco sim com a cabeça. Apenas isso. Porém, sem acreditar e mantendo a inconveniência para aquele momento, insistiu:
- Que beijo, hein! Foi isso mesmo?
Ive continuou tentando chamar minha atenção, enquanto eu ainda mirava Camila lá longe... 
- Olha que eu já te vi beijando umas gurias por aí, mas desse jeito... Uau!!! Tô até arrepiada... Olha aqui ó!
Estendeu o braço para dar mais realidade ao exagero.
Eu sorri de forma condescendente. Pensei no que eu realmente estava sentindo e no que as próximas palavras poderiam significar para as meninas. Resolvi me calar. Mas Ive não se aquietou:
- Amiga! – Tocou em meu ombro e esperou eu olhar pra ela pra perguntar: - Você está gostando dela, não está?
Somente após atender a sua indiscrição, que finalmente virei para o lado a fim de encontrar o rosto de Ive. E, tentando fingir mais pra mim do que pra ela, soltei sem pensar:
- Não... Não sei do que você está falando.
Falei dando um jeito de andar e ir andando para dentro da barraca.
Precisava de mais uma bebida...
Lú que estava vendo tudo de dentro da barraca, ficou na dela. Eu sabia que teria arguições homéricas a respeito daquele beijo. Preferiria que tivesse sido um contato velado, particular, oculto, pois assim não teria a obrigação de compartilhar o que senti e estou sentindo com mais ninguém além dela...
Daquela mulher que estava mexendo comigo como nenhuma outra pessoa tinha feito.
O fato de eu estar deliberadamente encantada por Camila não me fazia travar internas batalhas sobre minhas convicções e escolhas. Afinal, nunca tive problemas com a questão sexual. Muito pelo contrário... Eu estava à vontade com isso. Só não compreendia o surgimento vulcânico justo com ela...
Desde a primeira vez que meus olhos tinham encontrado os dela, eu sabia que estava fadada a ter fortes alterações cardíacas e supressões pulmonares em decorrência de mera e pura proximidade. Pensei no quão difícil seria e se valeria o esforço. Mas quando me lembrava daquele beijo... Ah... Aquele beijo... Tinha a convicção de que o queria por muito vezes mais... Incansavelmente.


Chocolate tinha acabado de tocar a saideira e após se despedir de algumas pessoas, veio até mim. Ive e Lu tinham me dado um espaço, já que apareceram clientes na barraca. Peguei a latinha de cerveja e fui sentar em uma cadeira de praia do lado de fora...
Com o pensamento distante, chateada e deprimida por tê-la visto ir embora sem sequer me procurar, eu só queria ficar ali quieta... pensando em tudo o que tinha acontecido.
Será que eu podia e devia interpretar aquilo como uma prova de que Camila não tinha gostado? De que havia sido rejeitada? Era isso mesmo?
Faltava-me perspectiva.
- Sunny? Hey!
O chamado junto com o sacolejo me despertou do profundo devaneio.
Chocolate já estava abaixado de frente pra mim, quando me perguntou:
- Tava onde, hein? Tô aqui te chamando a um tempão.
- Desculpe.
Não consegui encará-lo e voltei a baixar a cabeça.
- Sunny... O que está havendo com você?
- Nada não...
- Como nada?
Ele parou por um instante como se tivesse tentando entender o que nem eu conseguia... E continuou: 
- Sunny... eu vi o que aconteceu. Tô pasmado. É isso mesmo?
- Isso o que, Chocolate?
A calma já estava se descolando de mim.
- Você está caída por aquela mulher! Eu percebi desde quando você me apresentou a ela...
- Bobagem sua!
Dei de ombros, tentando esconder o que era um fato, tentando mostrar pra ele uma realidade que não era a minha de verdade.
Chocolate colocou aquela mão grossa e gigante no meu queixo... levantando minha cabeça lentamente, e ao encontrar meu olhar, parou um pouco pra me avaliar e depois me perguntou:
- É impressão minha ou você tá apaixonada pela Camila?
- Apaixonada? De onde você tirou isso, cara?
Respondi secamente. Ele riu e continuou:
- A quem você quer enganar, Sunny? Eu te conheço como ninguém. Ou você esqueceu disso, ahn? Estive ao seu lado em todas as suas aventuras e desilusões amorosas, Sunny. Sei como você se comporta quando gosta de alguém e posso afirmar que o que tô vendo agora eu nunca vi... Essa mulher... eu acho que tá mex...
- Para de falar, Chocolate!!! 
Gritei enquanto levantava pra tentar escapar
daquilo. 
Não, não e não! Não queria ninguém afirmando pra mim o que eu sentia ou o que eu ainda não sabia que sentia. Eu não sabia o que era aquele sentimento... e tinha que descobrir sozinha. Mas ele não deixou... Levantou atrás de mim... um pouco espantado por eu ter gritado, perdido a cabeça... e mesmo assim, persistente e docemente me parou para olhar pra ele... Quando percebeu que eu não esboçava intenção de fugir, continuou:
- Sunny... deixa esse medo de lado, minha amiga. – Alisou meu rosto e emplacou com um sorriso branco ofuscante: - Achei ela linda, sabia? Acho que deveria investir!
Sorri pra ele, achando incrível a forma como ele me fazia me sentir melhor.
- Você me falando isso? Me dizendo que devo investir em uma mulher?
- Hum... E qual o problema nisso? Ela já conseguiu o impossível de você... e se ela tá fazendo isso com a sua cabeça... imagina o que fará com o resto!
Conseguiu uma gargalhada de mim!
Nos abraçamos e ficamos um bom tempo assim... trocando confidencias no silêncio.
Realmente, Camila já tinha causado algo inexplicável em mim... a vontade que tinha de buscar aqueles olhos se tornava insana, surreal... E como se ele percebesse meu pensamento, continuou em silêncio me olhando enquanto esperava eu dizer mais algo em tom de confissão.
- Nêgo... Eu nunca senti isso por ninguém... E sinto isso justo por ela... que tá presa ao passado, ao sumiço da esposa... Aos seus pseudo-valores... Ela foi embora depois daquele beijo e nem me olhou mais...
- Morena... tenha calma! Tudo vai dar certo... Amanhã será um novo dia, você vai ver.
Disse enquanto se afastava do abraço e me fitava bem nos olhos.
- Tomara, amigo, tomara... mas não sei como vou olhar pra ela de novo...
- Ah, sabe sim!!! Vá pra casa... Descanse. Amanhã você vai estar bem melhor, com certeza!
Nos abraçamos mais uma vez. Eu o agradeci por ter tornado aquela tarde de sexta maravilhosa e ter feito a praia um ponto divertidíssimo com suas músicas.
Antes de ele ir embora, me fez um convite:
- Olha... Amanhã eu estarei naquele pub em Bombinhas. Tem um grupo de amigas que vai tocar lá. Seria muito legal se você fosse. Que tal?
Antes deu responder, pensei em como seria interessante que Camila pudesse ir comigo, mas depois de hoje não sabia mais de nada. E com um ouvido mais que tuberculoso, Lú se meteu na conversa e respondeu por mim:
- Que maravilha! É uma excelente ideia, hein!
- Isso, Lú!!! Quero vocês todas lá comigo amanhã. Vamos nos divertir!!!
Chocolate era só animação.
- Mas perae! Eu ainda não sei se vou...
Lu se aproximou de mim, me abraçou pelo pescoço enquanto dizia:
- Pode deixar que essa pessoinha aqui vai sim. Não é, dona Sunny?
Falou enquanto tocava em meu ombro esquerdo como se fosse uma ordem.
Restou-me apenas sorrir brandamente e dizer que eu iria pensar.
Nós três sorrimos e combinamos o horário.


Assim que Chocolate se distanciou levando consigo o violão, fez-se um silêncio.
Lú ficou me olhando, como se estivesse pesquisando as palavras. Até que a escolha fosse feita:
- Sunny... Desembucha! Quero saber o que tá rolando...
- O quê?
- Não se faça de desentendida, ok? Você andou de moto com ela ontem por horas e não me contou nada. Aí vem hoje e rola aquele beijaço. E ainda me pergunta o quê? Desembucha logo, sua cara de pau!
Tive que rir dela. Por que será que nossas amigas acham que temos que contar tudo nos mínimos detalhes? Que coisa chata! Tá... Não tinha como fugir mesmo...
- Lú... O que tá rolando é uma atração forte por ela. É isso. Mas pelo resultado de hoje, talvez ela não esteja ligada assim...
- Tá louca, Sunny? Aquela guria tá na sua...
- Ah não viaja, Lu! Ela me dá aquele beijo e depois vai embora sem nem ao mesmo me olhar depois?
Minha amiga, que me conhecia super bem, percebeu meu iminente e singelo descontrole. Eu já estava abrindo outra latinha... Dei uma golada.
- Você tá gostando dela, não está?
O que eu podia fazer? Falar me parecia a única saída para exteriorizar o que nem mesmo eu queria acreditar.
- Tu já é a segunda pessoa que me pergunta isso hoje...
Lu continuou esperando... com aquela cara inquisidora...
- Tá, tá bom... vai. Ela tá mexendo comigo, sim.
A voz quase não saiu. Olhei para baixo, no intuito de não declarar mais nada.
- Uau! Sunny isso é demais! Ela conseguiu em dois dias... Como pode?
Levantei a cabeça num movimento ligeiro demonstrando uma mistura de raiva e sofreguidão em meu rosto.
- Bom sinal onde, Lú? O que adianta eu ter a certeza de que gosto dela, se é visível que ela não quer?
- Como não quer? Amiga... É nítida a atração dela também. Mas entenda... O único problema é que ela ainda está ligada ao passado e...
- E eu vou ter que esperar esse passado passar pra presente por quanto tempo? Não sei se quero isso, entende? Por que eu tinha que me encantar por uma pessoa com crise de moralidade?
- Como assim?
Lú enrugou a testa, buscando com o olhar minha seguida explicação.
- Ah... A mulher dela sumiu... Morreu... Sei lá... Por quê é tão difícil pra ela dar um beijo em outra pessoa já que parece atraída também? Acho que ela não se permite inteiramente porque acha isso errado... Como se fosse uma traição, entende?
- Sim, Sunny. Mas não seja injusta.
Disse já me reprimindo e continuando.
- Você já tentou se colocar no lugar dela?
Fiquei em silêncio.
- Amiga... Presta atenção: é o tempo dela. É o tempo de que ela precisa. Ela já deu um grande passo ao aceitar o seu contato... Agora é esperar...
- Esperar... isso é difícil pra mim...
Suspirei.
- Então... Se não quer esperar... porque não muda a tática? Se insinue... Se mostre... Busque-a... Mostre a ela que você a quer. E se não rolar, a culpa não terá sido sua. Entendeu?
Consenti junto a um sorriso e um abraço terno. Disse que precisava ir embora e que amanhã ligaria para ela. Me despedi das duas... Coloquei a cartucheira na cintura e caminhei até minha casa. No caminho fui desejando ser um mosquitinho só pra saber como Camila devia estar naquele momento.
Fui para casa repetindo dezenas de vezes as cenas daquela tarde, repassando o contato, o beijo... e a ultima frase de Lu.


Acordei com os raios do sol me convidando a curtir aquele dia. E a primeira coisa em que pensei foi em arrumar e ir lá na barraca das meninas só para encontrar com ela, para olhar para ela... Falar com ela... Mas minha coragem e determinação não estavam sincronizadas com minha vontade naquele momento. Decidi continuar na cama por mais tempo... Levar meu pensamento ao que aconteceu ontem foi automático, mecânico, involuntário. 
Aquele beijo... Aquele gosto puro... Abracei o travesseiro, como se quisesse abraçar a ela e
adormeci novamente.


Não apareci na praia naquele sábado. Fiquei em casa, contrariando todo o meu desejo de estar com ela. Achei que seria interessante não aparecer, justamente para não sufocar Camila. Por mais que fosse latente o meu desejo de reencontrá-la, eu precisava dar um tempo... Um espaço... Para mim e muito mais para ela. 
Mas pensar que eu teria sossego, que ninguém me procuraria seria muita inocência da minha parte.
Era um pouco mais de três horas da tarde quando meu celular tocou... Número desconhecido piscando na tela. O meu peito parecia que ia explodir só de pensar que pudesse ser Camila do outro lado da linha. Atendi esperançosamente:
- Oi...
- Sunny?
Não... Não era a voz dela.
- Sunny, sou eu, Flávia.
- Oi... Flávia...
- Bom... Tomei a liberdade e peguei o seu número com as meninas. Tem problema?
- Não... imagina...
- Tá tudo bem?
Fiz uma força para não demonstrar o descontentamento na voz...
- Uhum...
- Então... É... Eu... Bom... É que estamos aqui na praia e... Você não vem?
- Não, Flávia... hoje não.
- Como assim? Tá doente?
- Não... é que não to a fim mesmo...
E, maldosamente, ela jogou no ar:
- Nem se eu te dissesse que Camila tá aqui?
- Ela... Ela... Como ela está?
Coração pulsou tão forte que quase se transformou em voz própria...
- Acho que está sentindo falta de alguém...
Falou de forma quase sussurrada, fazendo com que meu coração batesse em ritmo acelerado, louco para estar com aquela mulher novamente. 
Mas eu não podia ceder aos encantos cardíacos. Precisava ficar sozinha. Estava com medo, apesar de não saber bem o significado dessa palavra. Afinal, não queria sentir a mesma rejeição de ontem; além de querer organizar meus pensamentos. 
O golpe baixo de Flávia para que eu saísse de casa não teve efeito. Fui firme em minha decisão.
- Não... Não vai dar mesmo.
- Puxa... Fica aqui com a gente. Vai ser legal!
“Legal como ontem?”
Pensei, mas não perguntei. Era melhor eu falar outra coisa:
- Flávia, hoje tô ocupada com umas coisas aqui. Amanhã a gente se vê, tá bem?
Do outro lado da linha, eu podia escutar as vozes de Lena e Monica. Queria muito ouvir a da Camila. Quem sabe ao ouvi-la eu não sairia num rompante de loucura, esquecendo qualquer propósito a que tinha me determinado? Nada de ouvir sequer sua respiração, o que por um lado foi bom. Assim pude controlar meus impulsos e ficar em casa. 
Flávia, justo Flávia... Aquela mulher determinada, imponente, não tentou muito. Acho que percebeu que eu estava falando sério quanto a não ir à praia hoje.
- Ah, que pena. Eu te entendo. Bem... Amanhã a gente vai embora.
- Amanhã?
Camila ia embora amanhã? Foi me dando um desespero quase que incontrolável. Respirei fundo e continuei tentando esconder inútil e ridiculamente a minha apreensão:
- Ok! Vocês vão que horas?
- Ahn... Acho que depois do almoço.
- Tá... Eu passo lá pra me despedir de vocês, tudo bem?
- Combinado então! Um beijo, tá? Fica bem... Continuo achando que você poderia estar aqui.
Interpretei essa última frase como um pedido escondido para que eu deixasse o medo de lado e aparecesse hoje e não somente amanhã.
- Eu sei... Você não desiste...
Despedi-me e desliguei a ligação.


Coloquei o aparelho em cima da mesa... Deslizei lentamente os dedos pela cômoda que ficava abaixo de um espelho retangular pendurado na parede.
Parei de frente para ele. Fiquei me olhando... Analisando o meu reflexo... era eu ali... transformando a recente insegurança causada por aquela mulher em autoafirmação, autoconfiança... renovando a coragem para estar com ela no dia seguinte. 
Mas quando pensei que a veria somente após mais de 24 horas, veio a ideia!!!!


- Alô? Lú?
- Oi guria! - Exclamou cheia de felicidade surpresa. – Soube que você não vem hoje. O que houve?
- Nada não... Estou apenas fazendo umas coisas em casa.
- Desculpa esfarrapada pra não dar de cara com ela, né? Confessa!
- Ah, você me conhece né? - Sorri aliviada por poder contar com a verdade. –Então... O Pub tá certo a noite?
- Claro amiga! Vamos sim!
- É... Você... Por acaso convidou as meninas?
Lú sentiu a reticência em minha pergunta. Entendeu que era isso que eu queria. Ver Camila mais uma vez. E na sua interação com os meus pensamentos, me respondeu:
- Não sabia se você iria querer depois do que aconteceu ontem. É pra chamar?
- Sim. Mas não diga que eu vou, ok?
- Pode deixar amiga. Vou chamar. Na verdade, vou intimar.
- Ok! Obrigada tá? Mas ó... Se alguém perguntar, seja enfática ao dizer que eu não vou.
- Ah entendi! Ok! Mas posso te contar uma coisa?
Falou a última frase sussurrando. Perguntei curiosíssima:
- O quê?
- Do jeito que ela tá aqui, acho que se souber que você vai, ela também irá. Ou seja...
- Melhor falar, né? - Interrompi já pensando na possibilidade de deixá-la ansiosa.
O problema seria comigo, pois criaria expectativas. Ainda assim, achei válido falar, sim. Se ela não fosse, seria um sinal pra eu desistir.
- Nos vemos lá a partir das onze. Tá bom esse horário?
- Perfeito! Te ligo quando tiver saindo de casa.


Vesti uma saia longa marrom, uma blusa regata com alças finas, por cima uma blusa de ombro caído na cor branca... passei um cintinho fino para dar um charme e um toque final ao look. Escolhi um par de sandálias rasteiras, colares e braceletes enfeitando meu colo. Prontinha! Me olhei no espelho e pensei:
“É hoje ou nunca!!!” 
Estava determinada a mexer com aquela guria ou exorcizá-la dos meus pensamentos de vez. Se não fosse hoje, não seria mais.
Liguei para Lú em seguida e pedi pra ela vir me buscar. Afinal, andar de moto não combinava com saia até os pés, não é mesmo?


O Magic Bus Pub já estava super agitado quando eu, Lú e Ive chegamos. Já cheguei pedindo um drink no bar... podia perceber o rastro de olhares que ficava enquanto eu caminhava pelo local...
Eu gostava de ser observada e desejada... mas naquele dia, eu desejava que o olhar dela fosse o único em mim. Mas ela ainda não estava lá.
Achamos uma mesinha do lado esquerdo do palco montado para receber a atração daquela noite. Logo depois Chocolate apareceu com sua animação inconfundível.
- Meu Deus, como você está linda! - Exclamou enquanto erguia minha mão acima da minha cabeça para que eu pudesse dar uma voltinha. – Morena, é assim que eu gosto de te ver. Pronta pra matar. E hoje já tem vítima definida?
Sorriu debochadamente.
- Ainda vou escolher!
Disse enquanto ria com ele.
Logo em seguida ele foi cumprimentar as meninas.
Ficamos ali conversando... Eu, ele, Ive e Lú... Demos boas risadas e enquanto isso, nada da Flávia e sua companhia chegarem.
Na primeira hora eu ainda conseguia ficar sentada enquanto ouvia as músicas.
Na verdade, estava tentando ficar sóbria para recepcionar Camila. Mas como ela estava demorando demais, e eu nem sabia se ela realmente apareceria, adicionar ininterruptamente copos e mais copos de coquetéis se tornou uma necessidade para satisfazer minha distração.
A pista estava enchendo... O DJ mandando bem nas pickups... E eu sentada mais de uma hora esperando-a chegar? Aquilo era inadmissível. 
Ela não vinha mais. Não queria saber de mim... tinha resolvido ficar com o fantasma da esposa definitivamente.
Levantei e decidi lavar a alma e mexer o corpo até me cansar, ela chegando ou não. 
Antes de sair da mesa, lembro-me de ter visto Ive ligando para Flávia para ver se elas estavam vindo, mas ninguém atendia a porcaria do telefone. A ansiedade já estava me consumindo... E só tinha um jeito de fazer eu esquecer um pouco essa garota... Era canalizando minhas energias na pista de dança.
Chamei Chocolate para ir comigo, que aceitou na mesma hora. Precisava dizer que meu amigo além de excelente músico era um exímio dançarino.
Clássicos do rock, indie, pop, soul esquentavam a pista embalando dezenas de pessoas dentro daquela boate... Eu e Chocolate revezávamos entre o salão e a mesa, indo lá somente para beber um pouco. Fizemos isso umas quatro vezes até que avistei a mesa e vi mais quatro pessoas com Ive e Lú. 
Ia voltar a quinta vez quando o DJ emplacou "Theophilus London, Oops!" 
Não dava pra ficar parada... Um moreno alto e muito bonito se aproximou. O gato me acompanhou nos movimentos... Usá-lo era fato! Precisava despertar um pouco de ciúmes
daquela mulher... Ele segurava minha cintura... Nos mexíamos no ritmo da música... Como se já tivéssemos dançado aquela batida muitas vezes antes...
Olhares curiosos pararam em nós dois... O flerte dele era evidente... Mas de mim era plenamente provocação... Somente. 
Camila estava olhando para a pista... O moreno soltando cantadas em meu ouvido seguidos pelos meus risos...
Dançamos juntos... As bocas bem próximas... As mãos dele exploravam meu corpo... Pedindo uma chance... E eu só queria mais uma chance de ficar com ela... De ser dela... Camila não tirava os olhos de mim... O moreno buscava os meus... Mas os meus estavam nela... Convidando... Pedindo... Implorando por uma atitude, que não aconteceu. 
A música mudou... Eu dei um abraço no moreno sem sequer me preocupar em saber seu nome. 
Caminhei em direção das meninas, mas no meio do caminho me senti travada.
Não era medo e sim, prudência. Continuei parada e só me mexi quando a mãozona do Chocolate tomou meu braço em direção ao pessoal:
- Continuando, mocinha! Nada de vacilar agora!
- Tá... - Disse enquanto tentava escapar daquele homem enorme. – Não precisa me segurar assim. Eu vou. To bem? - Perguntei enquanto ajeitava a roupa ao meu corpo.
- Você tá de matar, mulher! Bora!
Passei a mão pelos cabelos, enchi o peito de coragem e fui... Cheia de atitude e confiança.
Quando cheguei à mesa cumprimentei a todas dando beijinhos... Claro que deixei Camila por último. Lú foi me acompanhando com a cabeça enquanto me via dar um beijo em cada uma... Sabia que eu já estava um pouco alta na bebida.
Não que eu não fosse educada, não era isso. Mas é que eu teria ido direto ao meu alvo. Mas não... Falei com todas primeiro e como que se quisesse torturá-la, só depois fui até ela.
Quando enfim me posicionei em frente à Camila, dei um beijo cálido próximo da boca e falei:
- Que bom que você veio.
E sorri pra ela.
Pude sentir toda a sua tensão. Reencontrar de perto o olhar dela foi um estímulo para não desistir do que eu tinha definido naquela noite.
Chocolate falou com as meninas e depois voltou pra pista.
Eu tinha algo mais importante pra fazer.
- Me acompanha no bar?
Perguntei estendendo minha mão pra ela e ainda com meus olhos fixos nos dela, que me respondeu sem hesitar:
- É claro.
Estendeu a mão enquanto se levantava, um pouco cambaleante, mas sem perder a pose e todo seu charme.
- Curte tequila?
- Hoje eu curto tudo...
O tudo saiu sugestivamente apimentado, provocando-me arrepios por toda a extensão da minha dorsal.
No bar pedi dois Blue Margarita.
Peguei a taça com aquele líquido azul e entreguei a ela.
Nossa troca de olhar era intensa, fulminante, penetrante, cheia de mensagens subliminares loucas para serem desvendadas, lidas, entendidas, descobertas.
O silêncio durou o tempo necessário até eu soltar:
- Você está linda.
E realmente estava.
- Você é que está.
Ela sorriu e retrucou voltando a dar uma golada no drink.
De novo o silêncio. Quantas vezes passaria por aquilo? Tinha de falar algo que indicasse pra ela que a queria, mas ao mesmo tempo não podia ir com tanta sede ao pote para não espantá-la. Ainda mais depois de ontem. Não sabia o que poderia desencadear nela... Estava pisando em um campo minado que podia explodir a qualquer momento. Para meu espanto e surpresa, foi ela que falou:
- Te esperei hoje...
O que era aquilo? Um sinal para eu avançar? Continuei na minha, olhando para ela... E depois de uns segundos quase que torturantes pra mim, completei, escondendo a verdade:
- Eu... Eu não pude ir.
- Por quê?
- Estava ocupada...
- Mentira sua... você estava era fugindo de mim.
Deu mais um gole... O último da taça. Pedi mais uma rodada de drinks.
Cheguei mais perto dela... olhei-a bem naqueles olhos brilhantes...
- Não fui eu quem fugiu.
Ela alternava o olhar entre meus olhos e minha boca... e depois de pegar a taça que havia acabado de chegar, sorveu aquele liquido... fez uma careta de leve quando a tequila passou pela garganta... Contornou a boca com a língua...
Impulsiva e instintivamente, meus olhos seguiram aquele movimento.
Camila chegou ainda mais perto, tão perto que parecia estar quase dentro da minha boca... saboreou as palavras e soltou:
- Você me excita, Sunny.
Mordeu o lábio inferior... esperando uma reação minha.
Ela estava de brincadeira? Queria me provocar? Não sei. Sei que queria e muito tudo aquilo. Queria ela daquele jeito.
- Ah, é? E no que te excito, Camila?
Cheguei perto de sua boca... encostando de leve nela... que, depois de passar a língua levemente no canto da minha boca, soltou:
- Por que não descobre, Sunny?
Meu nome saiu rouco, sussurrado... criando reações desconhecidas em meu corpo... estava ficando cheia de tesão por ela.
Ficamos paradas nos analisando... não sei precisar quanto tempo. Mas foi bom, pois assim eu podia gravar aquele rosto... e de repente começou a tocar uma música, "Massive Atack – Paradise Circus", que fez Camila me puxar pelos braços, me conduzindo até a pista de dança.
Me posicionei na pista para que a dança fosse para ela. Camila foi ditando o ritmo em seu corpo... Os olhos negros grudados em mim... A pista tinha se reduzido somente aos nossos movimentos... Meus olhos, mesmo que fechados, captavam as luzes azuis e violetas que desenhavam nossos corpos, reproduzindo-os no solo do salão. 
Estávamos livres... À medida que segurava a
saia lentamente e acompanhava o ritmo da música, sentia que seu olhar visceral estava ligado, conectado ao meu... em mim... 
E, de repente, todo o meu corpo foi tomado por um tremor inexplicável... senti Camila encostar em mim... por trás... deslizei meu corpo em seu dorso... Em meio a uma dança carregada de persuasão... Pedindo para que ela me sentisse... Camila captou a intenção e
encostou a mão em minha cintura...inspirando em meu pescoço... ao mesmo tempo. Febre, paixão, ardor...
Insinuar se tornou necessário, fundamental... Podia sentir o hálito embriagado saindo de sua boca... A proximidade se tornou exigência... E desejo mais que urgência... Mordeu a ponta da minha orelha esquecendo que estávamos em um local público... Cada suspiro significava um pedido velado para que eu não a deixasse... Enquanto encaixava meus quadris nos dela segurei suas mãos indicando o caminho que ela poderia explorar... Camila apertou-me na cintura...
Me virou de frente... Era difícil respirar... Meu ar estava contido nela... E queria que ela me desse o ar de novo... Dançamos juntas quase até o final da música...
Sem simplesmente falar qualquer coisa, Camila me puxou pela mão me tirando da pista... Fomos para a varanda... Pufs... Almofadas... Vasos com plantas enormes... E um canto... Parecia premeditado, proposital.
Camila me segurou pela cintura com a mão esquerda... E com a direita primeiro acariciou meu rosto como se quisesse ter certeza de que era mesmo eu... Depois pegou meus cabelos por trás da nuca... Com veemência e intensidade ao tempo que colava seus lábios nos meus... Quase que violento, mas ao mesmo tempo sutil... Frágil... Clemente... Todo o meu corpo correspondeu aos pedidos de sua língua por mais e mais... Esquecemos do mundo... As bocas se encaixavam e se exploravam sem limites... Sem pudores... Sem medo... Aquela mulher me conduzia em seu ritmo... Nada inseguro... Pedindo para que eu absorvesse... Molhasse e depois sugasse... 
E era tudo o que eu queria. Mas ali a gente não podia fazer muito... Era preciso um lugar só nosso, único, privado somente para nossos gemidos e sussurros... 
Estava difícil permanecer ali... Queria levá-la para onde pudéssemos tudo... E em meios os beijos molhados e cheios de tesão, como se estivesse lendo meus pensamentos, agora foi a vez dela de externar o desejo... chegou perto do meu ouvido e com a voz rouca... Ordenou:
- Me leva daqui...


Foi um pouco difícil para abrir a porta da minha casa... Camila não parava de me beijar... apetite voraz, sedento... talvez causado por anos de negação, de abnegação, de indiferença... 
Antes mesmo que eu conseguisse trancar a porta, ela já estava com as mãos por dentro da minha blusa... 
Jogamos as bolsas... Algumas peças de roupa pelo caminho... E sem precisar acender qualquer luz chegamos ao meu quarto... A cama estava ali... O ninho, o esconderijo, o refúgio por onde iríamos velar e compartilhar o desejo latente e pulsante em nossas veias. Em meio aos beijos ela pediu:
- Liga o som...
Estava começando a tocar "Scorpions – Holiday".
Conveniente.
Estava tensa... Não sabia ao certo o que fazer... Mas pelo domínio imposto por Camila... Apenas deixei-me ser conduzida... 
Ela parou em minha frente... Acariciou mais uma vez meu rosto simultaneamente à retirada de um fio de cabelo dele... Buscou meus lábios... Mordeu devagar... Sugou... Sussurrou:
- Que boca gostosa, Sunny... Me dá mais...
Percebi que precisava dela para minha sobrevivência... Me perguntei porque não a tinha encontrado antes... Teria deixado tudo para trás... Poderia substituir qualquer aventura amorosa somente para estar com ela... Ser dela... Tomá-la pra mim...
Os primeiros versos da música ecoavam no quarto enquanto conduzia Camila a deitar na cama:

“Let me take you far away / You'd like a holiday
(Me deixe te levar pra longe / Você gostaria de um feriado)

  
Camila despiu-se de qualquer pudor...tirou minha blusa... senti suas mãos arranhando minhas costas nuas... Contornou os dedos em meus seios rígidos... Sugou-os lentamente... Buscou meu olhar enquanto tomava-os em sua boca. O prazer, a sensação de entregar parte de mim a uma boca molhada e macia era indescritível. Ela me virou de bruços... Contornou os caules verdes da tatoo com seus dedos... Punha-se encima de mim... Rebolando... Se insinuando... Ditando as regras... O prazer que aquela mulher me proporcionava chegava a doer de tão intenso... Meus gemidos eram estimulantes para ela... Me virou de frente novamente... acariciou meus seios... desceu os beijos... percorrendo meu corpo até chegar em meu ventre... Seu olhar foi penetrante, desnudou-me sem tocar. E por cima da minha calcinha, me levou ao céu com seu toque úmido... Molhado...
Forte... Pulsante... afastou a peça de algodão para o lado e fez contato direto em meu órgão... em minha alma...
Que boca, que língua! Mordiscou... Lambeu... Sugou... Camila regia todas as vibrações do meu corpo... subiu... beijou minha boca com voracidade...
Implorou por minha língua na dela... apresentou meu cheiro a mim... E enquanto me beijava, com a mão esquerda, afastou minhas pernas... Soltei mais um gemido... Alto... Clemente... Desesperado quando seus dedos tomaram-me com reconhecimento... Exploração... Suavidade... E depois... Cadência... 
Pensei que o céu fosse o limite. Mas havia outro lugar para me perder... Não conseguia mais respirar... Me alimentava dela... Dos movimentos dela... A explosão de sentimentos tomando conta de mim. Ela descolou sua boca da minha... Lambeu meu queixo... Desceu pelo pescoço... Voltou a sugar as pontinhas dos seios...
Abriu minhas pernas por inteiro... Lambeu a virilha... Gemi alto, esperando mais... O momento... A confirmação do prazer que somente a ela permiti me mostrar...
Camila parou... Olhou dentro dos meus olhos... Sorriu e perguntou:
- Pronta pra mim?
Antes de voltar a descer para enfiar sua boca entre minhas pernas.
Apenas fechei os olhos, com uma única certeza, de que era ela... sem imaginar, prever tudo o que aconteceria depois.















postado originalmente em 09 de Maio de 2013 às 18:00
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13 comentários:

  1. Nossa!! Esse capitulo foi simplesmente arrebatador!! Fiquei ansiosa junto com a Sunny...rsrs
    Ak roendo as unhas pra proxima quinta feira chegar logo... ai, por mim a semana so teria quinta feira :D

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    1. Sarah, o que seríamos de nós se a semana só tivesse quinta? Kkkk já já chega o dia do próximo capítulo. Ai vc vai roer ainda mais suas unhas! Até o final da história tá tudo no sabugo! Kkk
      Brincadeira! Obrigada pelo carinho, viu? Bjs

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  2. Putz :O
    o momento delas se pegando com a musica é foda ... to até lesada, como pode isso ?
    ótimo & perfeito *-*

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    1. Gostou Gynna? Diedra que achou e deu a dica! Caiu perfeitamente né? Diedra é o máximo! !!
      Super beijos

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  3. PQP...
    Que cap. foi esse???
    D+... Pegando fogo...
    MAS, parar pq, pq parar...
    Vamos ter q esperar UMA SEMANA??? É mto tempoooo...

    Preciso dizer q tô amando???
    OK... Eu falo, tá maravilhoso, tô amando e quero mais... sempre mais...

    Jennyfer e Diedra, vcs tão matando a pau...

    Nota 1.000.000 pra vcs.

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  4. Um capítulo com emoções inquietantes dignos de Diedra !!!
    Agora a gente espera mais pelas quintas-feira do que pela sexta hahaha

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  5. Caraca! Que que foi isso?
    Esse cap tah perfeito...bom de mais...

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  6. Jenny Hunter que capítulo foi esse???? PARABÉNS!!!!!

    Você e a Diedra Roiz estão arrebentando!!!!

    Quero agradecer pelo presente MARAVILHOSO que vocês duas dão a nós, réles leitoras.

    Mais uma vez OBRIGADA!!!

    Grande beijo.

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  7. Loucura de capítulo meninas!!!Longo e delicioso.
    Camila agora se mostrou mais provocante.
    Suspirando com as preliminares da Camila ooh...kkkk

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  8. Parabéns ! Mais uma vez o capitulo acima do esperado, ótima produção.... A escolha das musicas perfeita assim como os demais capitulos. Só tenho a reclamar por acabar deste modo, é torturante isso!!!


    Sucesso meninas.

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  9. Meninas o que foi isso???
    Cheiro de sexo no ar! Perfeito.

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  10. que que isso brasillllll???? mata eu do coraçãooo

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